sexta-feira, março 26, 2004
“Que a arte nos aponte uma resposta,
Mesmo que ela não saiba.
E que ninguém tente complicar,
Por que é preciso simplicidade para fazê-la florescer.
Por que metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que minha loucura seja perdoada,
Por que metade de mim é amor,
E a outra metade, também...”
Oswaldo Montenegro
posted by ANÍSSIMA
2:02 PM
Momento Confissões de Adolescente
"Acho que te amava
Agora acho que te odeio
São tudo pequenas coisas
E tudo deve paaassaar..."
posted by :Fabi:
9:47 AM
quinta-feira, março 25, 2004
Adoro cortinas
Que se abrem
Adoro o silêncio
Antes do grito
Adoro o infinito
De um momento rápido
O instrumento gasto
O ator aflito
O coração na boca
Antes da palavra louca
Que eu não digo
Adoro te imaginar
Mesmo sem ter te visto
Adoro os detalhes
Olhares, atalhos, botões
Adoro as pausas
Entre as canções
Soluções da natureza
Riquezas da criação
Coração na boca (Lucina e Zélia Duncan)
posted by :Fabi:
9:19 AM
quarta-feira, março 24, 2004
Um pouco de filosofia
Os seres humanos necessitam, urgentemente, de razões emocionais para não se perderem completamente.
A razão vê a pedra.
A emoção transforma-a em obra de arte.
posted by ANÍSSIMA
10:38 AM
terça-feira, março 23, 2004
Um café quentinho e uma cama macia de edredons.
Bordaria a tarde toda uma colcha de elefantes.
Esconderia meus medos debaixo da cama mas não ousaria sair dela.
Minha única saída para o mundo é a tela do meu computador, o resto é surreal.
Amigos, não se enganem!
Os dois últimos posts foram escritos pela minha sócia-blogueira amada amiga e sumida Ana, que resolveu nos brindar com sua presença.
Pessoas, ando fora da área de cobertura, mas a gente se vê por aí.
posted by :Fabi:
12:45 PM
segunda-feira, março 22, 2004
Queria dor de parto,
Prenúncio de nova vida.
Queria dúvida de shopping,
Ansiedade de viagem,
Tristeza de cinema,
Silêncio da natureza...
posted by ANÍSSIMA
11:27 AM
sábado, março 20, 2004
Welcome back
Mente o coração da gente.
Engana o coração da mente.
E nunca termina...
posted by ANÍSSIMA
10:03 PM
Não gosto de me sentir assim, é chuva com sol.
É o pior dos tempos, sem definição.
É liberdade do corpo, da mente não.
Sabe quando ao invés de você se sentir livre, você se sente sozinha?
posted by :Fabi:
3:37 PM
quarta-feira, março 17, 2004
Ficou difícil
Tudo aquilo, nada disso
Sobrou meu velho vício de sonhar
Pular de precipício em precipício
Ossos do ofício
Pagar pra ver o invisível
E depois enxergar
Que é uma pena
Mas você não vale a pena
Não vale uma fisgada dessa dor
Não cabe como rima de um poema
De tão pequeno
Mas vai e vem e envenena
E me condena ao rancor
De repente, cai o nível
E eu me sinto uma imbecil
Repetindo, repetindo, repetindo
Como num disco riscado
O velho texto batido
Dos amantes mal-amados
Dos amores mal-vividos
E o terror de ser deixada
Cutucando, relembrando, reabrindo
A mesma velha ferida
E é pra não ter recaída
Que não me deixo esquecer
...
Não Vale A Pena - J. E P. Garfunkel
posted by :Fabi:
8:45 AM
quarta-feira, março 10, 2004
São Jorge - Um Universo Paralelo
No seu lugar, eu também desconfiaria que quem vos fala assiste a novelas demais, mas tenho a Fabiana como companheira e testemunha ocular deste relato.
Queridas amigas, posso afirmar com certeza: Ele Existe! O homem carinhoso, com tempo e atenção que necessitamos, aquele que compreende, melhor que nós até, o que vem a ser a (maldita!) TPM. Que sabe ouvir, opina sem ordenar, guarda sua própria roupa no armário, curte acordar cedo e levar as crianças ao colégio e depois volta pra casa e te acorda com milhões de beijos deliciosos. Aquele que apóia qualquer rompante de criatividade e dá forma a seus sonhos. Um homem que sorri todos os dias, da hora que acorda até adormecer, com o bom-humor que ansiamos ver em nós mesmas.
Curte todos os momentos a seu lado, seja na cama ou comprando (vários) sapatos, detesta futebol (milagre, milagre!) e bando de homem e que, enfim, faz qualquer coisa pra te ver feliz...
Esta é a minha contribuição para tão importante pesquisa.
Graças a Deus, toda regra tem exceção!
posted by ANÍSSIMA
10:43 PM
Pesquisa Científica
Pessoal, após um longo período de intensas pesquisas científicas (altos papos no MSN), consultas em revistas especializadas (Contigo, Ana Maria, Tititi...), e livros técnicos (Júlia, Sabrina e Bianca), senti a terrível necessidade de provar ao mundo que a qualidade de exemplares masculinos disponíveis no mercado atual está muito superior (!!!) que há algumas gerações atrás.
Vamos provar isso meninas!
Tracei alguns perfis (a Mani analisa psicologicamente e nóis avacalha tudo) e você, por favor, escolha o que mais se aproxima do seu marido, namorado, amante, ficante, parceiro, vizinho, enfim, o homem que está mais próximo a você atualmente.
Me conte tudo aqui no Livro de Visitas.
Então vamos lá:
a) Ele chega do trabalho, tira o sapato no meio da casa, grita porque o Junior está assistindo desenho, e ele quer assistir ao Jornal Nacional. Reclama que o jantar está demorando, diz que não agüenta mais o seu tempero, que você devia mesmo fazer àquelas aulas de culinária que a mãe dele tanto insistiu. Nem repara no seu corte novo de cabelo, pede uma cerveja, palita os dentes, estica as pernas num banquinho, e reclama que a porra da novela não termina nunca. E então, começa o jogo do Parmera, e ele aos berros, xinga até a 8ª geração do pobre do bandeirinha que deu impedimento naquela jogada espetacular. E você, minha amiga, já lavou a louça, já passou a roupa, já fez a mala do Junior ir pra escola no dia seguinte, e agora anseia por um banho longo e cama... Aí é que a porca torce rabo, porque seu marido exige que você cumpra seu "papel de mulher". Mas você não tá a fim, trabalhou o dia todo, e pelo andar da carruagem você tá completamente sem tesão. Mesmo assim, faz o dever, torce pra tudo terminar rápido e dorme, sonhando que um dia ele tenha um infarto e vá pro saco, assim você e o Junior podem viver em paz, e você não precisa voltar pra casa da sua mãe.
b) Ele era gentil, educado, falava baixo quando vocês se conheceram. Te seduziu com seus ares de doçura, todo preocupado e interessado em cada vírgula da sua vida. Você se apaixona. Aí começa o namoro. Ele dá indícios de que tem ciúme além da conta, mas você acha que é amor demais e desconsidera. E ele começa a comentar com carinho que seu decote está muito aberto, que sua saia está muito curta, e você para não desagradar, troca a blusa, veste calça. E aí, minha amiga, quando você se dá conta, ele está mandando no seu guarda-roupa, não admite que você saia sem ele, controla os seus horários. Nem seu pai foi assim com você! Mas ele é tão gentil, trabalhador, responsável, todo mundo adora ele, e então, você acha que essas pequenas concessões não têm muita importância. Aí vocês se casam, e ele aos poucos vai demonstrando impaciência, às vezes se descontrola, dá um soco na parede, e você acha que a rotina da cidade estressa qualquer um. Daí você engravida, ele todo solícito na maternidade, faz todo mundo crer que você tirou a sorte grande. Já em casa, ele começa a reclamar que não consegue mais dormir, e as crises de estresse se tornam cada vez mais freqüentes. Ele quebrou o controle remoto da TV, gritou com seu filho de 1 ano e meio porque desenhou na parede da sala. No trânsito você se contrái toda porque ele quer passar por cima das pessoas, avança em sinal vermelho, xinga os fiscais do trânsito. As contas tomam um tamanho assombroso dentro dos pensamentos dele, e num ataque de fúria ele levanta o braço pra você! Você, minha amiga, no alto do seu equílibrio, chora sozinha no quarto, protege o Junior da ira do pai, fica longe até a raiva dele passar. Ou então, quebra o celular dele na parede, manda ele embora, e só o aceita de volta quando estiver fora do piti.
c) Sim, ele existe. Ele é um homem-superior. É inteligente. É sensível. Não chega perto de você nos seus períodos tepeêmicos. Não pergunta: "o que foi que eu te fiz?". Ele é equilibrado. Entende que seu filho precisa desenvolver as habilidades motoras e dedica uma parede da casa especialmente pra isso. Ele faz yoga às terças-feiras. Ele tem o prazer de ensinar ao filho as peculiaridades da natureza, ele sorri com o nascer do sol. Ele te acha a mulher mais bacana da face da terra, mas sabe que não é seu proprietário. Ele fica com seu filho pra você encontrar suas amigas no barzinho à noite. Quando você chega, te dá um abraço longo de saudade e pergunta se você se divertiu. A casa está limpa, a janta está feita. E ele fica feliz por ter cuidado das coisas. Ele é culto. Compartilha com você as considerações que fez do último livro que leu. Você, minha amiga, sente que o mundo é bom.
Obrigada pelas contribuições, meninas!
Esse tipo de inutilidade pública você só encontra aqui!
posted by :Fabi:
9:12 AM
segunda-feira, março 08, 2004
Da Série - Retratos Musicais do Cotidiano

Catavento e Girassol
(Guinga e Aldir Blanc)
Meu catavento tem dentro
O que há do lado de fora do teu girassol
Entre o escancaro e o contido
Eu te pedi sustenido
E você riu bemol
Você só pensa no espaço
Eu exigi duração
Eu sou um gato de subúrbio
Você é litorânea
Quando eu respeito os sinais
Vejo você de patins
Vindo na contra-mão
Mas, quando ataco de macho
Você se faz de capacho
E não quer confusão
Nenhum dos dois se entrega
Nós não ouvimos conselho:
Eu sou você que se vai
No sumidouro do espelho
Eu sou do Engenho de Dentro
E você vive no vento do Arpoador
Eu tenho um jeito arredio
E você é expansiva
(o inseto e a flor)
Um torce pra Mia Farrow
O outro é Woody Allen...
Quando assovio uma seresta
Você dança havaiana
Eu vou de tênis e jeans
Encontro você demais:
Scarpin, soirée
Quando o pau quebra na esquina
Você ataca de fina
E me oferece em inglês:
É fuck you, bate-bronha
E ninguém mete o bedelho:
Você sou eu que me vou
No sumidouro do espelho
A paz é feita no motel
De alma lavada e passada
Pra descobrir logo depois
Que não serviu pra nada
Nos dias de carnaval
Aumentam os desenganos:
Você vai pra Parati
E eu pro Cacique de Ramos
Meu catavento tem dentro
O vento escancarado do Arpoador
Teu girassol tem de fora
O escondido do Engenho de Dentro da flor
Eu sinto muita saudade
Você é contemporânea
Eu penso em tudo quanto faço
Você é tão espontânea!
Sei que um depende do outro
Só pra ser diferente
Pra se completar
Sei que um se afasta do outro
No sufoco somente pra se aproximar
Cê tem um jeito verde de ser
E eu sou meio vermelho
Mas os dois juntos se vão
No sumidouro do espelho
posted by :Fabi:
3:50 PM
quinta-feira, março 04, 2004
Tenho medo de gente que acha que sabe tudo.
Tem resposta pra tudo, conhece particularidades de todas as profissões, de faxina à engenharia civil.
Tenho medo de gente que dá conselhos, ordenando que o outro aja exatamente como diz que está certo, profetizando desastres caso a pessoa resolva agir diferente.
Tenho medo dos proprietários da verdade universal.
Tenho medo de gente que acha que não precisa aprender mais nada, que se estagna na vida e que não aceita ser contestada.
Gente que não muda de opinião nunca.
Gente que não muda com as fases da Lua, com as estações do ano, com o período mestrual.
Gente que não consegue ver beleza nas coisas simples, que não acha riqueza no contato das mãos, nos sorrisos dos filhos, num filme bonito, numa música especial.
Tenho medo de gente que acha que se basta sozinha.
Gente que vive apontando defeitos nos outros, e acha que ninguém nunca é suficientemente bom pra se relacionar.
Tenho medo, porque não sei lidar com isso.
Não sei permitir que isso não me atinja.
Preciso entender de uma vez que o negócio não é comigo, que esse não é o meu jeito de ver a vida, e o problema é de quem é assim.
E que talvez, a pessoa nem seja infeliz.
posted by :Fabi:
12:26 PM
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