quinta-feira, dezembro 30, 2004
Viver, valeu?
A música vai continuar mudando os meus dias.
E eu vou continuar tentando provar pra mim mesma que não sou tão ruim quanto minha mãe diz.
E vou provar de mais alguns dias de amargura como esse.
Em alguns momentos eu vou sorrir e vou cantar.
Ah, Gonzaguinha, eu vou sim!
"Quando a atitude de viver
É uma extensão do coração
É muito mais que um prazer
É toda a carga da emoção
Que era um encontro com o sonho
Que só pintava no horizonte
E de repente diz presente
Sorri e beija nossa fronte
E abraça e arrebata a gente
É bom dizer: viver, valeu!
Ah! Já não é nem mais alegria
Já não é nem felicidade
É tudo aquilo num sol riso
É tudo aquilo que eu preciso
É tudo aquilo paraíso
Não há palavra que explique
É só dizer: viver, valeu!
Ah! Eu me ofereço esse momento
Que não tem paga nem preço
Essa magia eu reconheço
Aqui está a minha sorte
Me descobrir tão fraca e forte
Me descobrir tão sal e doce
E o que era amargo acabou-se
É bom dizer: viver, valeu!
É bom dizer: amar, valeu!
Amar, valeu!
Talvez eu aprenda a ter um pouco menos de medo.
Abraçarei minhas amigas, e tudo o que vier com elas, as dores e as alegrias.
E vou ter um pouco mais de humildade e deixar as pessoas terem os defeitos que quiserem.
Talvez eu me importe menos com os meus.
Tô enterrando esse ano que passou.
Fico só com as cicatrizes.
Não quero fazer planos hoje.
Queria era ter um pedaço de mar pra pisar.
E poder passar o dia todo cantando.
"Aaaaabre as asas sobre mim, ó Senhora Liberdade..."
E seu eu aprendi a mentir
Mãe, foi com você!
posted by :Fabi:
10:46 AM
terça-feira, dezembro 28, 2004
E ponto final...
Tenho mania de acabar com dilemas domésticos com um efusivo "ponto final". Agora meu filhote, 2 anos, adotou a expressão e começou a empregá-la de maneira, digamos, muito eficiente:
- Mamãe, eu não quero tomar banho agora e ponto final!
ou ainda
- Não vou nanar agora e ponto final!
mas não tem nada mais persuasivo que:
- Mamãe, você é linda e ponto final! ahahhahaha (às vezes compensa ter filhos! ahahahahaha)
posted by :Fabi:
9:35 AM
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Querida amiga Geisa,
obrigada por existir e tornar meu mundo mais bonito!
Também amo você numa dimensão incomensurável!
posted by :Fabi:
10:05 AM
quarta-feira, dezembro 08, 2004
Ai, ai, aiiiii....
"Socorro eu não tô sentindo nada..." sem dedos... sem dados... sem resposta... nem sei pular linha nessa bagaça. Arcaica!
posted by ANÍSSIMA
2:55 PM
terça-feira, dezembro 07, 2004
Poema Desconexo
queria que você se entregasse pro mundo
ou chorasse com a novela das 8
fizesse planos mirabolantes
e fosse só um tiquinho inconseqüente
queria que você fizesse uma canção pra eu viver mais
plantasse alguns amigos
e viesse morar comigo no interior
Mas, como se já não bastasse a chuva lá fora
o trânsito, a poluição e o (des) emprego
tudo o que você quer da vida
é que eu tire o pó dos móveis
posted by :Fabi:
1:44 PM
domingo, dezembro 05, 2004
Ebaaa, minha sócia-blogueira deu o ar da graça!
posted by :Fabi:
9:47 AM
Lilli, eu te amo! (quem precisa de 1.000 leitores tendo você de amiga?)
posted by :Fabi:
9:46 AM
sábado, dezembro 04, 2004
Entendo os suicidas do ponto de vista da paz eterna. Não concordo com este ato, mas compreendo-o. Morrer é a única certeza que temos. É o fim da angústia, da solidão, da dor, da falta de capacidade de solucionar o emaranhado da vida. O suicídio é um ato de fraqueza, mas a morte é uma libertação. Emprestando filosofia, digo que suicidamo-nos algumas vezes na vida. Matamos algo em nós. Freqüentemente sobrevivemos e somos obrigados a conviver com as seqüelas.
O colorido torna-se baço. Se respirar fosse ato voluntário, há muito teria cessado...
posted by ANÍSSIMA
3:33 PM
Passado à limpo
Pedra branca * Estrada escura * Falta luz * Água suja * Muito verde * Pouco ar * Medo
posted by ANÍSSIMA
3:30 PM
sexta-feira, dezembro 03, 2004
- Acontece com algumas canções que ouço, é como se estivesse abrindo as folhas de antigos diários.
- Algumas pessoas atingem graus de maluquice que beiram o insuportável. (tô me sentido meio Ângela Rô-Rô hoje. Gorda e depressiva) ahahha, que horror!
- Engraçado como algumas coisas que são extremamente tristes também são extremamente bonitas.
Agora tudo o que eu preciso gritar está na letra dessa música:
Da Coleção Vamos todos cantar Juntos a plenos pulmões:
Blues da Piedade
Agora eu vou cantar pros miseráveis
Que vagam pelo mundo derrotados
Pra essas sementes mal plantadas
Que já nascem com cara de abortadas
Pras pessoas de alma bem pequena
Remoendo pequenos problemas
Querendo sempre aquilo que não têm
(Impressionante, Eduardo, e o Cazuza nem te conhecia!!!)
Pra quem vê a luz
Mas não ilumina suas minicertezas
Vive contando dinheiro
E não muda quando é lua cheia
(nem você, nem sua mãe) ahahahahah
Pra quem não sabe amar
Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada
VAMOS PEDIR PIEDADE
SENHOR, PIEDADE
PRA ESSA GENTE CARETA E COVARDE
VAMOS PEDIR PIEDADE
SENHOR, PIEDADE
LHES DÊ GRANDEZA E UM POUCO DE CORAGEM
Quero cantar só para as pessoas fracas
Que tão no mundo e perderam a viagem
Quero cantar o blues
Com o pastor e o bumbo na praça
Vamos pedir piedade
Pois há um incêncio sob a chuva rala
Somos iguais em desgraça
Vamos cantar o blues da piedade
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Pra essa gente careta e covarde
Vamos pedir piedade
Senhor, piedade
Lhes dê grandeza e um pouco de coragem
(absurdo de bom!)
posted by :Fabi:
1:03 PM
quinta-feira, dezembro 02, 2004
Anos Dourados
Sempre me pergunto e quase nunca consigo responder, onde foi que nos perdemos?
Teve uma época lá em casa em que a gente era feliz.
Não tínhamos um puto, quase nem pra pagar as contas, comprar comida, essas estórias tristes de novela, mas a casa vivia cheia.
Não passávamos um aniversário sem comemoração.
E a gente reunia os amigos pra cantar, pra beber, pra conversar.
Minha mãe inventava personagens, fazia empregadas domésticas malucas, senhoras finas, e o povo se roia de rir.
Ela dividia o copo de cerveja com a gente.
Me escrevia longas cartas poéticas, contando como tinha sido emocionante passar a vida cuidando da minha infância e de como estava sendo emocionante me ver crescer, assim como ela, de cabelos cacheados ao vento.
Isso me endoidou um pouco mais.
Caramba, onde é que isso foi parar dentro de mim?
Como pude criar laços com gente que jamais aceitaria esse tipo de coisa?
Ai que aflição, querer mudar, poder mudar e ainda continuar vendo tudo parado.
posted by :Fabi:
11:03 AM
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